Saiba quais são as reações do corpo em situações de risco

Reações do corpo em momento de perigo são essenciais para o salvamento


Terra (http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI5351282-EI1497,00-Saiba+quais+sao+as+reacoes+do+corpo+em+situacoes+de+risco.html)

Em uma situação de perigo, o corpo assume funções involuntárias com o objetivo de planejar fuga e salvamento. "É disparado o sistema de alerta e hipervigilância no sistema nervoso central.(...) Aumenta a frequência cardíaca e respiratória para garantir a sobrevivência naquele momento", afirmou o psicólogo e neurocientista Júlio Peres. Segundo ele, as reações podem ser de fuga ou ataque e são essenciais para o indivíduo se salvar, por exemplo, de um prédio em chamas. "Nosso ancestrais sobreviveram graças a estas funções", disse.

O primeiro sintoma é o aumento de sensibilidade aos sinais e reflexo mais rápido. Depois, de acordo com Peres, o córtex - camada externa do cérebro - começa a interagir com o que está acontecendo e a planejar a melhor solução para aquela situação. Em seguida, o indivíduo age. "É uma combinação de reações fisiológicas e cognitivas", classificou. De acordo com Peres, o corpo em alerta é o que ajuda a escapar da ameaça.

O psiquiatra do Hospital Nove de Julho, Catulo Magalhães, explica que a área do cérebro onde as emoções são desencadeadas é a região que controla as vísceras. "O momento de pânico pode causar contrações no intestino e bexiga que podem provocar cólicas, vontade de urinar ou evacuar", enumerou. É comum também o indivíduo ficar pálido, de acordo com Magalhães. "Com o aumento da pressão arterial, as artérias que irrigam os membros inferiores e superiores aumentam e as artérias da pele se contraem diminuindo a irrigação de sangue, o que causa a palidez", explicou.

Todas as reações são normais e ajudam no salvamento diante de uma ameaça. No entanto, existe uma minoria que não passa por este processo em momentos de risco de vida. "É uma atitude adotada por alguns mamíferos que se fingem de morto quando são ameaçados", comparou o neurocientista Júlio Peres. Os sintomas são totalmente opostos aos presentes quando o sistema de alerta é ativado. Segundo o neurocientista, o indivíduo sofre efeito anestésico, amortecimento das respostas fisiológicas, não consegue entender a situação e a respiração fica mais lenta. "A pessoa que está em alerta deve ajudar e orientar quem está paralisado", sugeriu Peres.