Brasil é o segundo país mais estressado do mundo!

Três em cada dez brasileiros apresentam problemas de saúde devido ao estresse no trabalho



Absenteísmo é a ausência temporária do trabalho por motivo de doença. Os 15 primeiros dias são por conta da empresa. Se a doença é mais demorada o trabalhador com registro em carteira passa a usufruir depois de um exame da perícia do SUS do auxilio doença. 


No Brasil, em 2009 as despesas aumentaram para 31,8% com a concessão do auxílio-doença. Em 2000, o auxílio-doença representava 3,2% dos gastos da previdência social; em 2004, esta despesa subiu para 7,5%. Por outro lado, o índice de absenteísmo por doença vem decrescendo nos últimos vinte anos por doenças psíquicas, incluindo alcoolismo e medo do desemprego. 


Já o presenteísmo do empregado registrado significa estar sempre presente ao trabalho, mesmo doente. Estes trabalhadores não faltam, mas apresentam sintomas de doenças variadas tais como dores (de cabeça, nas costas), irritação, alergias, etc. Com isto, também há queda da produtividade e prejuízos para a empresa.Entre os sintomas mais comuns do presenteísmo estão: dores musculares, cansaço, ansiedade, angústia, irritação, depressão, insônia e distúrbios gástricos. Entretanto, o grande gerador do presenteísmo é o estresse. 


De acordo com o International Stress Management Association, os oito países mais estressados do mundo, em ordem decrescente, são: Japão (70 %), Brasil (30 %), China (24 %), Estados Unidos (20 %), Israel (18 %), Alemanha (16 %), França (14 %) e Hong Kong (12 %). No Brasil, segundo o mesmo instituto, três em cada dez brasileiros apresentam problemas de saúde devido ao estresse no trabalho. As doenças respiratórias agudas (gripes), e outras doenças respiratórias semelhantes de Inverno, afetam a saúde dos empregados e trazem encargos econômicos. 


Pouco se sabe sobre o impacto dessas doenças entre os membros da família, particularmente devido as crianças, que atuam sobre os pais causando queda de produtividade dos pais trabalhadores. L.A Palmer e colaboradores epidemiologistas do governo americano tentaram quantificar o impacto dessas doenças sobre o empregado e sua produtividade. Foi realizado um estudo prospectivo, entre funcionários de três grandes empresas americanas. Empregados que vivem pelo menos com uma criança em casa (N = 2013) relataram o número de dias perdidos de trabalho e horas de presenteísmo devido a gripe. RESULTADO: Empregado com gripe trabalhando variou de 4,8% para 13,5%. Empregados com gripe com ausências no trabalho (72% vs 30%, devido a outras doenças P <0,001). Globalmente, 61,2% dos funcionários pesquisados tinham pelo menos uma criança com uma gripe em casa; estes trabalhadores faltaram mais dias de trabalho devido à doença do que os empregados sem criança com gripe. Empregados com gripe eram menos produtivos, em média, para cada dia de 4.8h que trabalharam enquanto doente, 2.5h dos quais eram com baixa produtividade. As doenças do aparelho respiratório, tipo gripais, corresponderam a 17,7% (1389 dias perdidos em 7868 dias trabalhados) de absenteísmo.




Fonte :: Vaccine. 2010 May 19