Baixa qualidade do ar interior impacta na produtividade dos trabalhadores

Conforme a Organização Mundial da Saúde, em torno de 5 mil pessoas morrem diariamente nos países desenvolvidos devido à poluição do ar interior. O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas estimou em 1998 que mais de 2 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a toxicidade do ar em ambientes fechados. Outros estudos apontam que o número de mortes por problemas decorrentes da baixa qualidade do ar é 14 vezes maior em ambientes internos do que em ambientes externos.
Em relação a qualidade do ar interior podem ser destacados alguns fatos mais recentes no Brasil. A Norma NBR 16.401 (revisão da NBR 6.401), intitulada Instalações de Ar Condicionado - Sistemas Centrais e Unitários, foi publicada em 2008 com novo formato em três capítulos: Projeto das Instalações, Parâmetros de Conforto Térmico e Qualidade do Ar Interior. Portanto, com um capítulo dedicado inteiramente ao tema.
O autor David Wyon, do ICIEE (International Centre of Indoor Environment and Energy), mostrou em 2004, por meio de 10 estudos distintos que a baixa qualidade do ar interior pode diminuir entre 6 e 9% o desempenho das trabalhadores em um edifício, causando ainda insatisfação aos visitantes. esses efeitos vem acompanhados de sintomas como dores de cabeça e baixa concentração.

Dicas para melhorar a qualidade do ar interior:
1- Realizar a manutenção permanente e a correta operação dos climatizadores de ambientes;
2- Reduzir as fontes poluentes interiores, como fumaça e poeira;
3- Desenvolver programas permanentes de conscientização dos usuários e administradores das edificações.

Vale ressaltar que os parâmetros fornecidos pelas NBR referem-se ao conforto térmico e a qualidade do ar interior, e o sistema assim concebido deve proporcionar satisfação a pelo menos 80% de seus usuários.